O último post do ano é de uma interessante descoberta das navegações cibernéticas noturnas: o trio de Seattle, THE BLAKES. O nome pode parecer familiar e, por isso, vale esclarecer a semelhança com outras duas bandas atuais que são o RAKES e o BRAKES. O RAKES foi a responsável pelo hit 22 Grand Job e tocou no Brasil em julho desse ano, enquanto o BRAKES é formado por membros do BRITISH SEA POWER & ELECTRIC SOFT PARADE(são tantas bandas e álbuns que o aviso é bom para não confundir). O BLAKES é um trio formado em 2001 na cidade berço do grunge, mas as influências dos rapazes não são NIRVANA ou PEARL JAM. Eles tem seu pé fincado no rock dos KINKS, BUZZCOCKS e SUPERGRASS, no rock garageiro dos STOOGES e nos vocais do power-pop. A banda teve elogios de gente como IGGY POP, feito durante o show no festival SXSW, abrindo as portas para o primeiro cd de título homônimo. Two Times abre o disco com um clima de White Stripes e é seguida pela ótima Don´t Bother Me. Modern Man e Run formam a melhor sequência do álbum, que ainda tem Magoo, Commit, a balada Lint Walk, Lie Next to Me e Picture como destaques. Este cd não é a salvação do rock(e precisa?), mas com certeza vai agradar aos fãs de bons riffs e refrões grudentos, em seus aproximadamente 32 minutos carregados de potenciais hits, ideais para ouvir nos dias de calor que estão chegando ao hemisfério sul. Baixa e boa diversão.
sábado, dezembro 29, 2007
quarta-feira, dezembro 26, 2007
THE MOOG- Sold for Tomorrow
Se no post anterior o comentário era sobre uma banda islandesa agora vamos para um país mais obscuro no rock mundial, a Hungria. Esse país do leste europeu é mais conhecido pelo excelente time de futebol que disputou a copa de 1954(com destaque para o craque Puskas) e por ser um dos celeiros de belas e fogosas atrizes para o cinema pornográfico mundial(vide as várias séries de filmes rodados na capital Budapeste). Sinceramente não me lembro de bandas húngaras de sucesso mundial(se estiver cometendo uma gafe, por favor me corrijam), mas parece que o MOOG veio alterar esse quadro. Formado em 2004 na capital húngara, este quinteto foi obtendo destaque em seu país e conseguiu criar uma ponte para obter projeção na Inglaterra e nos EUA. Seu álbum de estréia, Sold for Tomorrow, lançado em abril desse ano, deixa claro as influências de BEATLES, RAMONES, LIBERTINES, SONICS, STROKES & FRANZ FERDINAND na composição de seu som, situando-s bem próximos as novas bandas inglesas da atualidade. Respaldado pela produção de Jack Endino, um dos papas da cena de Seattle dos anos 90, o cd traz músicas interessantes como I Don´t Want You Know, Everybody Wants, If I Died, Survive e Goodbye. No geral o álbum não decepciona, mesmo sendo um pouco "mais do mesmo"(muitos riffs vão remeter as bandas pós-LIBERTINES da atualidade), e vai gerar algumas músicas interessantes para uma coletânea do rock feito na atualidade. Vale conferir em ritmo de final de ano, ou seja, sem grandes expectativas. Boa diversão.
domingo, dezembro 23, 2007
MINUS- The Great Northern Whalekill
A cena pop/rock é muito concentrada nos EUA e Inglaterra e, as vezes, pensamos que somente esses países produzem boas bandas(o que é um grande engano, como provam os excelentes discos de bandas francesas, chilenas, argentinas e brasileiras comentados em posts ao longo do ano). Apesar das várias cenas ao longo do mundo, três países, pelo menos para mim, são destaque fora do eixo anglo-americano: Austrália, Suécia e Islândia. A cena islandesa tem muitas bandas interessantes como, por exemplo, SUGARCUBES, SINGAPORE SLING, SIGUR RÓS & GUS GUS, e no Brasil o livro Rumo a Estação Islândia, do reverendo Fábio Massari, é uma ótima opção para conhecer melhor o ótimo som feito nas proximidades do pólo norte. E para mostrar a diversidade da cena desse país, nada melhor que o novo álbum do quinteto MINUS, intitulado The Great Northern Whalekill. Formada em 2002, na capital Reykjavik, com uma sonoridade que mescla influências de stoner, grunge e metal, a banda lembra o FOO FIGHTERS do início de carreira e o QUEENS OF THE STONE AGE, dos discos R e Songs from the Deaf, mas consegue impor um estilo próprio as suas músicas(eles cantam em inglês e isso colabora bastante). Rip it Up é uma paulada nos ouvidos que deixa escancarado o sorriso de orelha a orelha. Futurist é a melhor canção do álbum, unindo peso e melodia. Outras faixas para se prestar atenção são Rythm Cure, Shadow Heart, Weekend Lovers, Black and Bruised e Kiss Yourself. Um petardo que merece ser escutado este novo cd do MINUS. Baixa e boa diversão.
quinta-feira, dezembro 20, 2007
THE FELICE BROTHERS- Tonight at the Arizona
Ao ouvir novas bandas a primeira pergunta que me vem a cabeça é: "Quais são as influências?". Evidente que depois de mais de 50 anos de rock é muito dificil alguém realizar um disco totalmente inovador e, por isso, as influências são importantes para definir o perfil das bandas novas e também o grau de criatividade que elas possuem. Aos fãs de climas dylanescos, o primeiro álbum do quarteto americano, oriundo de Nova Iorque, THE FELICE BROTHERS, intitulado Tonight at the Arizona, traz, evidentemente, muitas influências de Mr. Zimmerman, mas transcende o rótulo de mera cópia, ao aliar também influências de grupos como THE BAND & WILCO, sendo um dos bons exemplos da qualidade da música Americana, gênero que tem na banda de Jeff Tweddy seu principal expoente na atualidade. Roll the Arte, faixa de abertura, e Hey Hey Revolver dão ao ouvinte o que está por vir: um apanhado de belas músicas na melhor tradição do rock/country/folk americano. T for Texas é a melhor música do disco(se eu inventasse que ela saiu do Blonde on Blonde do DYLAN muita gente iria acreditar). Outros destaques são Going Going Gone, Lady Day, Mercy e Take the Hammer, que fecha o álbum em grande estilo. Se você ouvir o disco com atenção, e sem preconceito, vai descobrir um apanhado de belas melodias e canções densas e poderá observar como as influências, misturadas no liquidificador sonoro, geraram uma obra de qualidade. Boa diversão.
segunda-feira, dezembro 17, 2007
THE WEAKERTHANS- Reunion Tour
Enquanto 2007 ainda não acaba vale indicar os bons discos que surgiram neste belo ano musical, com inúmeros bons lançamentos. E 2007, com a explosão definitiva da internet no mercado musical, propiciou aos fãs de música acesso aos mais sortidos álbuns, das mais variadas bandas, dos mais diversos países, o que fez a relação fã-banda nunca mais ser a mesma(o MySpace está aí para não me deixar mentir). Assim, chegamos ao cd Reunion Tour, quarto disco da carreira da banda canadense THE WEAKERTHANS. A banda já conta com dez anos de estrada(foi formada em 1997 na cidade de Winnipeg) e possui um bom nome do circuito indie da América do Norte. Tendo um estilo centrado nos belos arranjos de suas canções, seguindo a mistura pop/pós-punk, com um som similar a grupos como DEATH CAB FOR CUTIE, MOUNTAIN GOATS & SUNDAY´S BEST. Civil Twilight abre o disco com uma ótima combinação de guitarras e teclados, dando a receita da canção indie-pop perfeita. Relative Surplus Value tem a cara de hit radiofônico e é seguida pela grudenta Tournament of Hearts, formando a melhor seqüência do disco. Elegy for Gump Worsley abre o ciclo de canções mais calmas, mantido em Sun in a Empty Room, Night Windows & Reunion Tour. Um disco que deve ser ouvido, se possível, em vinil, pois ficará nítido o lado A com uma pegada mais pop e o lado B mais introspectivo e cativante, criando mais um bom lançamento para este sensacional ano. Boa diversão.
sexta-feira, dezembro 14, 2007
MELHORES DE 2007- Nacionais
Nesta época do ano surgem milhares de listas do melhores dos últimos doze meses. Vou entrar nessa e divulgar os nomes que mais me chamaram a atenção em 2007 da cena roqueira brasileira. Não consigo ter da cena de rock brasileira o mesmo conhecimento que tenho das cenas americana ou európeia. Talvez o número imenso de blogs que disponibilizam discos de bandas da terra da rainha ou do tio Sam seja um fator ou a ainda precária divulgação(mesmo que o Trama Virtual e o Senhor F tenham belos serviços prestados na diminuição desse desconhecimento), mas o certo é que tenho de ter mais acesso aos sons feitos por nossas bandas para pode comentar os bons discos que circulam pelo Brasil. Provavelmente deixei de conhecer discos que hoje podiam estar nessa relação de cinco melhores. Minha lista mistura nomes consagrados, como o NAÇÃO ZUMBI e seu melhor álbum pós CHICO SCIENCE, até o ainda pouco conhecido FIREFRIEND, procurando representar o que de melhor ouvi nesse ano. Ah, também fiz a lista das cinco melhores músicas do ano, representado as mais marcantes nos meus tímpanos. Aí vai:
ÁLBUNS:
1º) NAÇÃO ZUMBI: Fome de Tudo
2º) CACHORRO GRANDE: Todos os Tempos
3º) SUPERGUIDIS- A Amarga Sinfornia do Superstar
4º)AUTORAMAS: Teletransporte
5º) FIREFRIEND: Incêndio na Paisagem
MÚSICA:
1º) NAÇÃO ZUMBI: Infeste
2º) PÚBLICA: Long-plays
3º) SUPERGUIDIS: Mais um Dia de Cão
4º) CACHORRO GRANDE: O Certo e o Errado
5º) LOS PORONGAS: Espelho de Narciso
Podem deixar seus comentários concordando ou discordando, afinal é só mais uma lista.
terça-feira, dezembro 11, 2007
DELTA SPIRIT- Ode to Sunshine
Uma nova grata descoberta surge antes da finalização da lista de melhores de 2007: o grupo americano DELTA SPIRIT. Se você ainda está com os ouvidos antenados no que está vazando na rede(com lançamento neste ano, pois alguns álbuns com lançamento no próximo ano já habitam o universo virtual há algumas semanas, ou seja, muito antes de 2008), o cd Ode to Sunshine, lançado no mês passado, deve entrar na lista de sons para o final de ano. Esse quinteto formado em San Diego, CA, com influências centradas na música Americana(cujos principais representantes são UNCLE TUPELO, JAYHAWKS, WILCO & SON VOLT), Soul, clima gospel, BEATLES &KINKS, o grupo conseguiu criar um álbum intenso e com belas melodias para agradar tanto aos fãs de pop, como aos interessados em sons autorais. Tomorrow Goes Away & Trashcan são a dupla ideal para abertura do disco, com destaques para os vocais intensos e vibrantes. House Built for Two traz um clima intenso para cativar o ouvinte. Outros destaques do cd sãs as faixas Strange Vine(melhor canção do álbum), People Turn Around, Children e Ode to Sunshine(um encerramento épico para o cd). Um disco que vai agradar em cheio aos amantes das belas melodias e canções densas, com personalidade própria. Como 2007 ainda insiste em trazer gratas surpresas, aqui está mais uma para alegrar a alma dos fãs de bandas novas(principalmente dos que gostam de COLD WAR KIDS & CLAP YOUR HANDS SAY YEAH. Boa diversão.
domingo, dezembro 09, 2007
THE OSCILATION- Out of Phase
E como o ano de 2007 ainda tem algumas semanas a lista de melhores aguarda as descobertas que podem aparecer, como é o caso do primeiro cd da banda inglesa de um homem só, THE OSCILATION, intitulado Out of Phase. Este cd é mais um típico exemplo das inovações surgidas na era da computação, pois foi gravado praticamente sozinho por Demian Castellanos, produtor que já participou do projeto ORICHALC PHASE e agora personifica essa nova banda. O álbum traz uma forte influência do krautrock e psicodelia, lembrando nomes como HOLY FUCK, SECRET MACHINES, ECHOBOY & KRAFTWERK. Visitation já mostra a linha viajante do disco, abusando dos efeitos sonoros e das distorções, seguidas pelos belos riffs de Liquid Memory Man, emendado pela ácida Violations. Head Hang Low lembra o BLACK MOTH SUPER RAINBOW, com seus teclados repetitivos. Infelizmente o álbum tem uns deslizes como Comatone & This is Nowhere, mas Response in Silent eleva novamente a temperatura do disco e é a candidata a melhor música e hit do álbum. Gameland Mindspace & Saturn 5 são outros pontos altos desse lançamento. O cd está longe de ser um dos melhores do ano, tendo alguns momentos entediantes como comentei, mas merece uma escutada por conter canções capazes de agradar tanto na linha do krautrock como para os fãs de viagens eletrônicas/psicodélicas. Boa diversão.
domingo, dezembro 02, 2007
MAGIK MARKERS- Boss
O MAGIK MARKERS é uma banda praticamente desconhecida fora do circuito indie americano, mas em breve é possível que essa injustiça seja revertida. Formada em 2001 por Elisa Ambrogio(g,v), Pete Nolan(d) & Leah Quimby(b) e com um início de carreira marcado pelos CD-Rs distribuídos nos shows, eles chamaram a atenção de ninguém menos que Thurston Moore, guitarrista do SONIC YOUTH, e em 2004 abriram a turne americana dos criadores de Daydrean Nation. Após assinaram com o selo de Moore, Ecstatic Peace, lançaram em 2006 três cds de boa repercussão e a percepção das fontes do som da banda em SONIC YOUTH, AMOL DULL II, VELVET UNDERGROUND & MARS. No início deste ano Quimby deixou a banda que passou a ser um duo e teve a colaboração de outro membro do YOUTH, Lee Ranaldo, na produção de se mais recente disco, Boss. O começo do disco com Axis Mundi já dá as credenciais de um som nervoso e denso, mantido e acelerado na sequência por Body Rot(a mais SONIC YOUTH do álbum). As canções depressivas aparecem Last of the Lemach Line, na bela Empty Botties(com destaque para os vocais de Ambrosio) e em Four/ The Ballad for Harry Andstrom. A urbana Taste é outro bom momento do disco. Circle fecha o disco em um clima viajante e denso. Um bom disco, com alguns momentos inconstantes, mas que não é mera cópia de seus descobridores, sabendo construir um clima para seu som, e tem com certeza motivos para ser escutado. Boa diversão.
quinta-feira, novembro 29, 2007
WORKING FOR A NUCLEAR FREE CITY- Businessmen & Ghosts
Se alguém estranhar o nome da banda e pensar que esta é mais uma das novidades do ano de 2007 está completamente enganado. Formado pela dupla de instrumentistas Phil Kay & Gary Mclure, na Inglaterra no ano de 2002, e, posteriormente, agregando John Kay & Ed Hume, o grupo WORKING FOR A NUCLEAR FREE CITY é um dos exemplos de como ainda pode ser feito um álbum extenso(no caso duplo) e criativo, como neste seu segundo disco, Businessmen & Ghosts. A banda mistura várias influências de rock, eletrônica, BEATLES, VELVET UNDERGROUND, SONIC YOUTH, STONE ROSES, NEW ORDER & KRAFTWERK e vem conseguindo destaque desde o lançamento de seu primeiro álbum ano passado com seu rock-eletrônico-psicodélico. A riqueza de sons e melodias exploradas pelo grupo na uma hora e quarenta e cinco minutos de som são outro ponto alto deste lançamento. O disco tem 29 músicas(!!!), com destaque para Troubled Son, Rocket, Kingdom, Sarah Dreams of Summer, Over, Eighty Eight & Donkey. O primeiro cd(Businessmen) tem mais elementos de rock enquanto o segundo(Ghosts) tem mais elementos eletrônicos, carregados por viagens psicodélicas(incluindo sobras de estúdio e gravações não utilizadas do começo de carreira da banda), formando no geral um bom álbum. Se o que escrevi aqui não lhe convenceu sobre o disco, baixa só pelo excelente nome da banda. Boa diversão
segunda-feira, novembro 26, 2007
THE WHO- Amazing Journey: The story of The Who(DVD)
Aos que desejam emoções neste final de ano a dica, com certeza, é o dvd Amazing Journey: The Story of The Who. Contar história de astros do rock é algo sedutor para muitos diretores, mas pode acabar gerando obras que, assim como biografias, pecam por não saber retratar de forma imparcial o ídolo. O diretor Murray Lerner, junto com os produtores de No Direction Home(belo documentário sobre BOB DYLAN) não caiu nesta armadilha e fez um dos documentários mais importantes da história do rock, contando a magnifica trajetória do WHO. Uma das bandas mais importantes da história está retratada como realmente foi e é. Aqui encontramos a origem como HIGH NUMBERS, a troca para THE WHO, o primeiro álbum, o período Mod, as loucuras das excursões, a criação de obras- primas(como Tommy, Who´s Next e Quadrophenia), a crise do meio dos anos 70, a morte de Keith Moon, o retorno e o fim da banda, a nova volta nos anos 90, a morte de Entwistle e o novo recomeço. São duas horas para fazer até o mais durão dos fãs de rock(sim de rock, pois o dvd serve para todos que gostem do estilo) chorar. Apoiado na genial idéia de um álbum duplo(lançado pelo selo Track Record) o diretor conta, nos quatro lados do disco, a história da banda, sempre apoiado por faixas fictícias que são na verdade frases de canções clássicas do grupo. E aqui está o grande mérito do dvd: mostrar uma banda formada por quatro gênios, mas com problemas(vícios, brigas, egoísmo) semelhantes a todos nós. Simplesmente obrigatório. Diversão garantida.
quinta-feira, novembro 22, 2007
THE HOT TODDIES- Smell the Mitten
Esse lançamento certamente vai dividir opiniões, oscilando entre a satisfação e o ódio. Explico: a ternura de algumas canções pode irritar os mais radicais e seduzir os mais ecléticos. Os amantes de vocalistas femininas vão adorar o primeiro álbum do quarteto americano HOT TODDIES, lançado em setembro desse ano, intitulado Smell the Mitten. Formada na cidade de Oakland, CA, no ano de 2004, elas misturam as influências de BEATLES, SPINAL TAP, BEACH BOYS & WEEZER para fazer um power pop com um pé na surf music dos anos 50, firmado por belos riffs de guitarra e vocais dobrados com uma produção limpinha aonde guitarra, baixo, bateria, teclados e vocais são colocados na medida certa para não ofender os ouvidos sensíveis. Sugardaddy abre o disco e deixa claro a presença das harmonias vocais e dos riffs certinhos. Surf Song começa com uma levada a la VENTURES e é seguida por potenciais hits como HTML, Rocker Girl, Wet Dream & What´s Your Sign. As músicas primam pela produção caprichada, dando ao cd um ar juvenil em certos momentos(isso, para mim, não tem nada de comprometedor). Motorscooter traz o melhor riff de guitarra do álbum e tem tudo para ser o grande hit do disco. Um álbum que, como falei no começo, vai dividir opiniões, mas agradará em cheio aos amantes das belas melodias e que pode ser ouvido durante um passeio de carro nas tardes do próximo verã. Boa diversão.
segunda-feira, novembro 19, 2007
VON SUDENFED- Tromatic Reflexxions
Surpresas são sempre muito legais, principalmente quando descobrimos alguém que admiramos num novo lançamento. Foi o que aconteceu ao ouvir o álbum de estréia do VON SUDENFED, Tromatic Reflexxions, lançado em maio deste ano, e ver a presença de Mr. Mark E. Smith. Smith é sem dúvida um dos grandes nomes da cena inglesa do final dos anos 70 e início dos 80 ao liderar uma das bandas mais importantes do história, o THE FALL. Aos interessados em conhecer a história dessa banda, recomendo a leitura do belo texto de Simon Reynolds, no livro Beijar o Céu, contando a origem do grupo e sua rivalidade com o JOY DIVISION(ambos são da industrial Manchester). Ao pesquisar vi que ele não estava sozinho, muito pelo contrário, pois neste projeto faz parceria com Andi Toma e Jan St. Werner(duo formador do MOUSE OF MARS) e vai deixar alguns fãs do FALL surpresos pela predominância eletrônica das músicas. Algumas críticas comparam o trio com LCD SOUNDSYSTEM, mas na minha opinião o VON SUDENFED tem uma pegada mais eletrônica que a banda de James Murphy(Smith declarou em entrevistas que o FALL é uma clara influência do LCD). The Rhinohead é a canção mais dançante do álbum e pode estar em bom set list de festa. Family Feud, Dearest Friends(com seu clima electro-caribenho), That Sound Wiped, Chicken Yaiamas & Duckrog mostram todo o poderio do trio, dando ao álbum uma consistência e personalidade capaz de credenciá-lo a um dos momentos mais interessantes do ano. Não chega a ser uma novidade(tem mais de 6 meses de lançado, o que atualmente representa uma eternidade), mas com certeza teve créditos muito inferiores ao merecido. Baixa e boa festa.
sexta-feira, novembro 16, 2007
TULSA- I Was Submerged
Da cidade de Boston surge uma das gratas surpresas, para mim, desse ótimo ano de 2007: o grupo TULSA. É realmente impressionante o número de novos grupos que estão surguindo com trabalhos consistentes, em que as influências são misturadas na criação de sons que lembram momentos do passado, sem significar uma cópia ou releitura vulgar. A audição deste disco me empolgou como no dia em que escutei o COLD WAR KIDS, umas das melhores bandas americanas dos últimos anos. Formado por Eric, Mickey & Carter(não existe uma identificação do sobrenome ou dos instrumentos que cada integrante toca), o grupo brinda o público com uma pérola do pop psicodélico, com influências de MY MORNING JACKET, tendo um álbum de estréia, I Was Submerged, recheado de belas canções. Breath Thin abre o álbum mostrando todo o potencial melódico do grupo e é seguida pela bela Shaker e seu ótimo solo de guitarra. Mass & Rafter formam a melhor seqüência do disco, com a combinação perfeita das harmonias instrumentais com o vocal. #2 é a faixa mais intensa do cd e tem tudo para ser o hit do álbum. There Goes a Man fecha o disco num clima viajante que lembra o SECRET MACHINES. Em síntese o único defeito deste lançamento é seu curto tempo de duração(não chega a 30 minutos), pois o resto está muito bem costurado para formar um dos bons lançamentos do ano. Ah, não confunda o nome da banda com a cidade de Tulsa, aonde nasceu J.J. CALE. Boa diversão.
terça-feira, novembro 13, 2007
PLANETA TERRA- Parte 2
E continuando o post sobre o Planeta Terra chegou a hora de comentar os melhores shows do festival. Falo isso pois DEVO & RAPTURE simplesmente mataram a pau(pena que os horários coincidiram e fui obrigado a ver metade de cada). Os americanos do DEVO deserbarcaram no Brasil cercados de expectativas se ainda eram capazes de empolgar a pláteia após anos de serviços prestados ao rock. Não só provaram que ainda estão em forma, como fizeram o melhor show do evento. Mostrando o motivo de tanta idolatria(Fernanda Takai deu uma de tiete e subiu no palco para beijá-los) eles desfilaram hits e empolgaram o público do palco main stage. Antes do fim correria para o indie stage para ver apresentação do RAPTURE. Como os horários coincidiram, vi só uma parte do show dos nova-iorquinos, mas foi o suficiente para presenciar a competência da banda e todo o seu poderio ao vivo, credenciando-os ao segundo melhor show do festival. Para encerrar nova ida ao main stage para ver o KASABIAN(banda que sou muito fã). Os ingleses fizeram uma apresentação certinha, sem erros, mas fria e não conseguiram empolgar o público(achei que o show deles seria melhor no espaço indie stage). Apesar disso foi muito bom ver o grupo ao vivo. No balanço geral um evento que deixou os presentes satisfeitos e esperançosos que no próximo ano novas atrações venham brilhar neste planeta. It´s only rock´n´roll, but i like it.
Fotos: www.terra.com.br/planetaterra
Fotos: www.terra.com.br/planetaterra
segunda-feira, novembro 12, 2007
PLANETA TERRA- Parte 1
Se a cena de música independente realmente tiver força o festival Planeta Terra será um dos eventos certos do calendário roqueiro nos próximos anos. Falo isso pois o evento realizado no último sábado deixou outros festivais no chinelo em vários aspectos como: organização, localização, infra-estrutura, som regular( o que já é um ganho) & line-up. Como tenho vários aspectos para comentar vou dividir o post em dois e tentar ser o mais objetivo possível. Em um evento com várias atrações é muito difícil ver todos os shows(no caso específico impossível) e em razão disso não vi os grupos nacionais(segundo comentários o INSTITUTO vez uma bela apresentação) e o TOKYO POLICE CLUB. O primeiro show que vi foi da dupla(no palco quarteto) norueguesa DATAROCK(foto 2). Empolgação, animação, versões mais pesadas e dançantes que o cd fizeram do grupo a grande surpresa do festival e os credenciaram a figurar entre os tops do evento. Na sequência veio a inglesinha LILY ALLEN, talvez a atração mais mainstream do festival, que infelizmente presenteou seus fãs com um show morno e com a única lembrança que ficou, para mim, foi a frase: "Esse é o último show desta turnê". Não precisava ter avacalhado e demonstrado tanto desinteresse(apesar da competente banda de apoio). Na sequência correria para o show do CSS(foto 1) e toda a expectativa que o cercava. Dizer que foi bom não vai convencer muitas pessoas, pois a repulsa ao grupo paulistano é imensa no Brasil. Mas com certeza Loverfox, Adriano e cia estão patamar das bandas internacionais. Com o público aos seus pés eles mandaram muito bem em hits como Off the Hook e fizeram sim um ótimo show. Amanhã tem mais.
Créditos das fotos:
Créditos das fotos:
foto1: HelenaN http://www.flickr.com/photos/helenan
foto2: Reinaldo Martins/terra http://www.terra.com.br
sexta-feira, novembro 09, 2007
PLANETA TERRA FESTIVAL
E como 2007 está sendo um ano ótimo de shows aqui no Brasil, chega o momento do Planeta Terra Festival. As atrações são as mais variadas: LILY ALLEN ,DEVO, CSS, KASABIAN, RAPTURE & TOKYO POLICE CLUB são algumas das atrações que indicam que este será o evento do ano. A cobertura completa estará aqui no domingo. Bom festival.
segunda-feira, novembro 05, 2007
A PLACE TO BURY STRANGERS- A Place to Bury Strangers
O trio nova-iorquino A PLACE TO BURY STRANGERS pode não vir a obter muito sucesso em sua carreira, mas com certeza conseguiu fazer um disco em que o barulho não será esquecido facilmente, tamanho o efeito que seus tímpanos sofrem após a audição. Formado por Oliver Ackermann(líder da banda), JSpace(d), Jono Mofo(b) eles tiveram uma boa receptividade no lançamento de seu primeiro álbum, com título homônimo, que representa uma coletânea de temas que o grupo já vinha trabalhando em shows. Eles funcionam como uma mistura de J&MC, MINISTRY, JOY DIVISION, MY BLOODY VALENTINE & BAUHAUS. Essa química toda gera um álbum com guitarras no máximo da distorção e letras soturnas/depressivas, fruto das idéias de Ackermann. A abertura com Missing You deixa clara a influência dos irmãos Reid(parece até que a música saiu das sobras do álbum PSYCHOCANDY). The Falling sun é praticamente inaudível, tamanha a distorção de guitarras, seguida pela nervosa Another Step Away. To Fix the Gash in Your Head tem um climão de NEW ORDER com J&MC, funcionando muito bem para pistas. No meio do caos surge Breathe para amenizar um pouco o clima guitarrístico. She Dies é o caos que o nome sugere, só sendo indicada para ouvidos já acostumados ao barulhos. Ocean fecha o álbum no clima dos 80. Um bom lançamento misturando a sonoridade dos anos 80 com tendências atuais. Se em alguns momentos a banda erra pelo caos, no geral o resultado é bem interessante. Boa diversão.
domingo, novembro 04, 2007
BIIRDIE- Catherine Avenue
E novas surpresas surgem neste final de ano! Isso só serve para demonstrar o ótimo momento do indie rock, com boas bandas e canções com um apelo de "hit" muito grande. Falo isso pois ouvindo o cd Catherine Avenue, o segundo cd do trio americano BIIRDIE, fica evidente como as novas bandas estão conseguindo captar as várias influências que possuem e transformá-las em belos discos, que lembram o passado sem ser uma cópia. Com um bom disco anterior, chamado Morning Kills the Dark(2005), esta banda formada por Jared Flamm, Kala Savage e Richard Gowen vai ainda dar muito o que falar. Mesclando a sonoridade de bandas como GRANDADDY, FLEETWOOD MAC, CSNY & BEACH BOYS com a criatividade de criar melodias pegajosas, tendo uma similaridade com o som de bandas como o MIDLAKE. A abertura, com a faixa-título, e a sequência com LA is Mars já mostram a qualidade da banda para belas melodias. Him é a faixa com maior cara de hit, com belos arranjos. Estelle é a melhor canção do disco, reunindo suingue e melodias pop perfeitamente, no melhor estilo PAUL McCARTNEY setentista.(com os WINGS) Outras boas músicas são I´m Gonna Tell You Something, Who Where You Thinkin´Of, Petals. I Wish I Could Have Been There fecha o disco com um clima apoteótico. Um ótimo disco para os que curtem belas melodias, em uma linha setentista, e canções grudentas. Boa diversão.
sexta-feira, novembro 02, 2007
CARIBOU- Andorra
A psicodelia, no aspecto musical, é muito ligada ao final dos anos 60, principalmente pelas bandas surgidas na Califórnia e em Londres. Dessa época nomes importantes como LOVE, 13TH FLOOR ELEVATORS, o PINK FLOYD com SYD BARRET, TOMORROW & BLOSSOM TOES são influências para várias bandas do rock atual(incentivando um movimento conhecido como Neo Psicodelia). Falo isso porque a banda de um homem só, do músico canadense Don Snaith, CARIBOU, captou todos esses elementos em seu mais recente cd, chamado Andorra. Surgido em 2002, quando Don decidiu seguir carreira solo, o projeto CARIBOU já flertou com o Shoegaze e a eletrônica, como no primeiro lançamento em 2005, intitulado The Milk of Human Kindness. Agora ele retorna, neste novo álbum, com uma mistura de arranjos sessentista com pitadas eletrônica. Melody Day abre o álbum e transporta o ouvinte numa viajante ácida, embalada por belos arranjos combinados com ótimos riffs de guitarra. After Hours é a mais ácida canção do cd e deixa claro a influência psicodélica do disco. Outras boas músicas são Sandy, She´s the One(com um jeitão BETA BAND), Desiree, Eli & Niobe(e seus 9 minutos). Um bom lançamento do selo Merge(o mesmo do ARCADE FIRE), que talvez venha a figurar em algumas listas de melhores do ano e vai agradar em cheio aos que gostam de músicas bem trabalhadas e com climas ácidos. Boa viagem.
quarta-feira, outubro 31, 2007
THE RAVEONETTES- Lust, Lust, Lust
A dupla dinamarquesa RAVEONETTES vem engrossar o conjunto de lançamentos esperados desse formidável ano com o cd Lust, Lust, Lust( que deve sair em formato físico só em dezembro, mas já circula facilmente na internet). Os fãs da dupla formada em 2001 por Rose Wagner(g,v) e Sharin Foo(b,v), tendo como base uma mistura de JESUS AND MARY CHAIN, MY BLOODY VALENTINE e elementos de surf music/garage-rock, podem ter reações entre a alegria e a frustração de ouvir os mesmos timbres do álbuns anteriores. Se o ápice criativo da banda é o disco The Chain Gang of Love, de 2003, com ótimas canções e elementos variados muito bem colocados, parece ter havido um comodismo ou falta de criatividade no seguinte, Pretty in Black(2005) e nesse mais recente trabalho. O disco não chega a ser uma completa decepção, pois muitos dos elementos que criaram os hits anteriores da banda estão presentes(exemplos são as músicas Dead Sound, Aly Walk with Me, Hallucinations e Black Satin), mas a sensação que fica é a de escutar uma sobra dos discos anteriores tamanha é a semelhança das canções com as já lançadas pela banda. Talvez o fato de ter sido produzido pela própria dupla tenha criado esta repetição ou o sucesso alcançado nos álbuns anteriores. Lust, Lust, Lust pode ser uma boa iniciação aos que não conhecem a banda(escute You Want the Candy) ou mais um elemento de adoração para os fãs ardorosos. Certo mesmo é que fica longe dos melhores lançamentos do ano, o que é uma pena. Escute e tire suas conclusões.
segunda-feira, outubro 29, 2007
NEIL YOUNG- Chrome Dreams II
E este final de 2007 e brindado com mais um lançamento importante: o novo trabalho de NEIL YOUNG, Chrome Dreams II. Mantendo um ritmo constante de lançamentos nos últimos anos(este é o terceiro cd de inéditas em três anos consecutivos, mais dois ao vivos de gravações perdidas do início da carreira solo e o dvd Heart of Gold), ele demonstra que ainda tem muita vitalidade e talento para produzir belas canções. O título é uma alusão a um dos bootlegs mais famosos da história, o não lançado Chrome Dreams( disco que foi programado para lançamento mas acabou engavetado pela gravadora e virou um objeto de desejo entre os fãs do cantor), repetindo assim o ocorrido no lançamento de Harvest Moon de 1992(alusão ao álbum Harvest de 1972). O disco é um apanhado de belas canções, mas sem representar uma guinada na carreira do cantor e provavelmente dividirá opiniões entre os fãs. Na minha opinião esperar que Mr. YOUNG faça agora o disco de sua vida é algo, no mínimo, descabido, por tudo já feito ao longo de 40 anos de ótimos serviços ao rock´n´roll. O álbum traz um músico lúcido e com consciência de sua obra, brindando seu público com um apanhado de belas canções como Beautiful Bluebird, Boxcar, Ordinary People, No Hidden Path, The Way, The Believer & Dirty Old Man. Aqui temos reflexos de várias fases de YOUNG que funcionam muito bem na proposta que o disco tem: de ser um novo lançamento na carreira do artista. Ele poderia ter feito um disco melhor? claro. Ele poderia ter feito um disco pior? Claro. Mas vou insistir no que é, para mim, o ponto principal: NEIL YOUNG ainda tem muita vitalidade e talento para continuar com uma carreira consistente e digna e, nesse aspecto, Chrome Dreams II é a melhor prova. Baixe e boa diversão.
domingo, outubro 28, 2007
JESSE SYKES & THE SWEET HEREAFTER- Like Love & Lust
A resenha de hoje seria o novo disco de NEIL YOUNG, mas, ouvindo algumas novidades, descobri esse álbum de JESSE SYKES & THE SWEET HEREAFTER, que acabou tomando a frente do cd do mestre(no próximo prometo que Mr. YOUNG será homenageado aqui). Com uma carreira ligada ao underground americano a cantora JESSE SYKES não trará a você nenhuma nova mistura de sons ou ousadias instrumentais. Like Love Lust, seu terceiro álbum, é um disco simples e por isso mesmo belo. Ela começou sua carreira solo em 1999 ao lado do guitarrista Phil Wandscher, que lidera a SWEET HEREAFTER, com o primeiro cd, Reckless Burning, lançado em 2002. De lá para cá essa parceria rendeu bons frutos, colocando a cantora em várias turnês e festivais pelos EUA. Fazendo um som na linha da psicodelia e da música americana, tendo as mais variadas influências como NEIL YOUNG, UNCLE TUPELO, NEKO CASE, GRACE SLICK & LUCINDA WILLIANS, presentes de forma clara em Like Love & Lust. O disco tem um clima calmo e bucólico ao longo de suas 12 canções, com destaques para os belos arranjos, a voz suave de Jesse e a homogeneidade do conjunto do repertório. Para mim as melhores canções são The air is Thin, You Might Walk Away, Station Grey, I Like the Sound & Morning it Comes. Um álbum homogêneo, melancólico em alguns momentos, com um toque refinado e que merece ser escutado. Pode baixar e boa diversão.
quarta-feira, outubro 24, 2007
THEE MORE SHALLOWS- Book of Bad Breaks
Em um ano de inúmeros grandes lançamentos é impossível ouvir tudo de interessante lançado pelo mundo. Mesmo sem os "hypes" interessantes forem deixados de lado, temos muitas coisas boas para descobrirmos nesse fantástico universo da música, como o grupo THEE MORE SHALLOWS. Com um clima de shoegaze e inspiraçoes em sons eletrônicos, esse trio de São Francisco, formado por Dee Kesler, Chavo Fraser & Jason Gonzales, editou seu primeiro álbum em 2002, A History of Sport Fishing, e neste lançou o terceiro trabalho, chamado, Book of Bad Breaks. O grupo tem uma linha de som semelhante a bandas como GRANDADDY, HOOD & WHY? e neste terceiro saiu um pouco da linha shoegaze dos trabalhos anteriores, ampliando a mistura snora com um resultado interessante. A abertura com Eagle Rock deixa evidente a evolução da banda, que ingressa de vez no estilo indie experimental. The Dutch Fist e Night at the Knight School utilizam os sons eletrônicos para criam um clima de uma viagem ácida, embaladas por riffs marcantes. Int. 1 segue uma linha kraut, em seus breves dois minutos, mantida em Proud Trukeys, formando a melhor sequência do álbum. Outras boas canções são Fly Paper, Oh Yes, Another Mother(a mais comercial do cd) & Chrome Caps. Um bom álbum, que talvez desagrade aos que buscam um pop/rock de fácil assimilação, mas com certeza fará a alegria dos amantes de experiências sonoras inteligentes. Boa diversão.
domingo, outubro 21, 2007
HOLY FUCK- Lp
O rock instrumental em muitos casos, principalmente das bandas de pós- rock, oscila entre o belo e o cansativo, o que gera aversão por parte de algumas pessoas. O quarteto canadense HOLY FUCK, formado em 2004 na cidade de Montreal, foge dessa questão ao mistura o rock com a música eletrônica na medida certa, sendo uma das grandes descobertas desse ótimo 2007. Com seu primeiro cd lançado no ano de 2005, eles começaram logo a chamar a atenção da mídia, tendo excursionado com nomes como WOLF PARADE e !!!, desenvolvendo um som com claras referências de rock, eletrônica, krautrock e um pouco de experimentalismo, tendo como influências bandas como CAN, KRAFTWERK, NEU!, BOREDOMS & TRANS AM. Este ano o grupo foi considerado pela NME um dos destaques do festival de Glastonbury e vem neste embalo para lançar seu segundo, álbum intitulado sugestivamente de Lp. Super Inuit abre o disco e apresenta o cartão de visitas do grupo que é a música de qualidade. Faixas como Milk Shake, The Pulse, Echo Sam são ideias para as pistas de dança. sendo um convite a uma remixagem(e olha que sem remix elas já estão com os dois pés nas pistas!). Frenchy´s, Lovely Allen, Royal Gregory & Echo Sam(a melhor do disco para mim) mantém o climão do disco. Um álbum muito coeso e que deve ser escutado do início ao fim para compreensão do som do grupo. Pode baixar e boa diversão.
quarta-feira, outubro 17, 2007
ELETRIC SIX- I Shall Exterminate Everything Around Me That Restricts Me From Being The Master
Se as previsões sobre o colapso ambiental forem confirmadas e realmente ocorrer a falta de água potável devemos ficar alertas, pois algumas cidades devem ter o seu abastecimento mantido. Falo isso porque só as propriedades da água desses locais explica a qualidade de suas bandas. E com certeza Detroit é uma dessas, basta ver os inúmeros clássicos que surgiram nesta bela cidade americana(MC5 e WHITE STRIPES são bons exemplos). E dessas fontes surge o ótimo sexteto ELETRIC SIX, formado embrionariamente em 1996(como curiosidade temos o fato de que alguns dos membros do grupo tiveram uma banda que contou com a presença de Jack White), o grupo foi mudando sua formação até adotar o nome atual e lançou seu primeiro álbum em 2003 e está com seu quarto cd, I Shall Exterminate Everything Around Me That Restricts Me From Being The Master, saindo do forno. Com uma mescla de punk, garage, disco e pitadas de metal eles firmaram seu nome no underground americano graças a qualidade de seus lançamentos anteriores e que é mantida neste álbum de título imenso e recheado de ótimas canções. O interessante do ábum é a identificação clara das influências sem que isso signifique um tipo de plágio ou cópia. Músicas como Lucifer Airlines, White Trains(mescla de CREDENCE com HUMAN LEAGUE), Rip It, When a Get to the green Building, Kukuxumusu, Sexy Trash, I Don´t Like You & Dirty Looks(que encerra o álbum em um climão BOWIE) dão bem a dimensão do que falo. Um disco coeso de uma banda muito interessante, merecendo estar na sua lista de cds para baixar. Boa diversão.
quarta-feira, outubro 10, 2007
SHOCKING PINKS- Shocking Pinks
A sensação de descobrir uma boa banda é algo que me deixa muito feliz, principalmente quando começo a escutar o cd e não tenho vontade de tirá-lo de tão bom que ele é. A banda neozelandesa, de uma homem só, chamada SHOCKING PINKS conseguiu deixar meu dia mais alegre e interessante. na verdade temos aqui o talento do prodígio Nick Harte, mentor e cérebro do grupo, que começou com alguns lançamentos pelo prestigiado selo local Flying Nun e agora está indo buscar o prestígio mundial através do selo DFA(outro que dispensa apresentações). Esse cd é na verdade uma coletânea de trabalhos lançados(respectivamente os álbuns Dance the Dance Eletric, Mathematical Warfare & Infinity Land) em sua terra natal. As músicas são centradas na mistura de rock/pop com elementos eletrônicos, com influências de MY BLOOD VALENTINE, THE VERLAINES & JESUS AND MARY CHAIN, gerando canções no ponto certo para agradar aos fãs de rock ou de "coisas" mais modernas, podendo recordar o som que fez o sucesso das collage rádio americanas. This Aching Deal é a música para fazer você amar ou odiar o disco, com seu som oitentista. How I am Not Myself? mantém o clima animado, com destaque para os vocais de Nick. Aí vem uma série de canções, como Second Hand Girl, End of the World, The Narrator, Yes No, Victims & I Want You Back, que funcionam muito bem, todas redondas, e dão uma coesão ao álbum. Blonde Haired Girl é puro J&MC do início de carreira, com suas distorções e seu ritmo pesado. Uma agradável surpresa(principalmente se formos considerar ser uma coletânea), capaz de agradar aos estilos mais variados, e que merece ser ouvida. Boa diversão.
segunda-feira, outubro 08, 2007
SHE WANTS REVENGE- This is Forever
E mesmo chegando o final do ano a safra de lançamentos interessantes continua inundando as telas dos computadores e as memórias dos mp3 de plantão. 2007 está sendo o ano em que várias promessas lançaram seus "segundos" álbuns, com resultados dos mais variados possíveis, e várias novidades apareceram para alegrar os amantes da boa música. O SHE WANTS REVENGE está enquadrado no primeiro caso, com o lançamento de seu recente segundo cd, This is Forever. A banda tem por núcleo a dupla de DJs Justin Warfield & Adam Bravin, com o apoio de Scott Elis & Thomas Froggatt, tendo lançado seu primeiro álbum em 2006, seguindo uma linha de influências em bandas como JOY DIVISION, BAUHAUS & DEPECHE MODE. Seu primiero cd foi lançado no Brasil e teve boa receptividade, deixando uma boa expectativa para este segundo lançamento. Writen in Blood já deixa claro ao ouvinte o mix de mistura que a banda faz em seu som, mesmo que não consiga fugir muito de suas referências. Após ouvimos várias canções que remetem ao JOY, principalmente pelos vocais a la IAN CURTIS(Checking Out, Replacement, What I Want & Its Just Begun). Um bom disco, com claras referências no gótico e no pós-punk(não que isso seja problema, pelo contrário), que deve consolidar a banda e deixa uma esperança de um terceiro mais autoral, com uma mescla das influências para dar o passo a frente no som do grupo. Boa diversão.
domingo, setembro 30, 2007
THE FIGURINES- When the Deer Wore Blue
Se você ainda não conhece os dinamarqueses do FIGURINES tem uma ótima opotunidade com o lançamento de seu mais recente álbum, When the Deer Wore Blue. Esse quinteto, formado no meio dos anos 90, vem conquistando grande respeitando nos EUA e Canadá, com um rock inteligente, marcado por riffs de guitarra grudentos e pitadas de psicodelia. Desde de 2003, com o lançamento do cd Shake a Mountain, o grupo conseguiu romper as barreiras e ter destaque na imprensa americana e em festivais como SXSW, chegando a ser comparado com bandas como o PAVEMENT. A influência dos garotos, além do grupo de Stephen Malkmus, está centrada em nomes como BUILT TO SPILL, DECEMBERISTS & MODEST MOUSE e vai agradar em cheio aos fãs de belas melodias e arranjos vocais na medida certa. The Air We Breathe tem nos vocais de Christian Hjelm o grande destaque(lembrando um pouco BAND OF HORSES). As belas melodias pop estão presentes em músicas como Hey, Girl , Drunkard´s Dream, Bee Dee & Cheap Place to Spend the Night. O álbum traz canções com climas mais intimistas( Drove Your Miles, Good Old Friends, Half Awake, Half Awake-com um clima da psicodelia inglesa dos anos 60- & Unknow Title) que caem muito bem e dão o tempero exato para essa pequena pérola do pop moderno. Um disco para deixar o ouvinte com aquela sensação de satisfação e felicidade em escutar um bom disco. Boa diversão.
quarta-feira, setembro 26, 2007
ALASKA IN WINTER- Dance Party in the Balkans
Um dos grandes méritos da difusão da música pela internet é a diversidade de estilos e de grupos que temos acesso. Isso propicia ao fã de música entrar em universos que, antigamente, só eram descobertos por fitas gravadas de discos importados ou com o desembolso de uma fortuna para importar os álbuns. E com essa diversidade vários sons diferentes aparecem para seduzir nosso ouvidos. Aos fãs de inovações o ALASKA IN WINTER será um prato cheio, agradando também ao fãs do BEIRUT(pois além da proximidade no som, conta a participação do próprio Zach Condon), com um diferencial que me agradou: a inclusão de elementos eletrônicos. Surgido da cabeça de Brandon Bethancourt e de suas inspirações na obra de Dostoyevski, este é mais um exemplo de banda de um homem só, pois os músicos que participam do projeto são convidados de Brandon e dão vazão as idéias do músico. A abertura com The Homeless and the Hummingbirds consegue misturar elementos do folclore balcã com eletrônico na medida certa, mantida em You Red Dress(a melhor música do disco na minha opinião). A faixa-título é a mais próxima dos trabalhos de Condon, mas traz na incorporação de elementos eletrônicos o diferencial importante. O clima depressivo está presente na maioria das canções e pode desagradar os adeptos do pop/rock mais convencional(a mais "normal" das canções do cd é Close Your Eyes We Are Blind). Mesmo sendo cansativo em alguns momentos(como em Harmonijak), este disco merece ser ouvido, nem que seja para quebrar o preconceito contra os sons "estranhos".
domingo, setembro 23, 2007
IMPERIAL TEEN- The Hair The Tv The Baby & The Band
O ano de 2007 continua sendo maravilhoso para os amantes da boa música. São tantos os lançamentos interessantes que é praticamente impossível falar aqui de tudo que escuto e penso: "isso é bom". São várias bandas novas(... muito além do hype...) e outras com tempo de estrada, lançando trabalhos consistentes, deixando nossos ouvidos, cerebros e emoções em extase. só para confirmar o que falo o IMPERIAL TEEN veio colaborar com seu ótimo cd, The hair, the Tv, the Baby & the Band. Pouco conhecida no Brasil essa banda, surgida em 1994 na Califórnia, é formada por Roddy Bottum(g/v), mais conhecido como ex-tecladista do FAITH NO MORE, Will Schwartz(g/v), Lynn Truell(d) & Jone Stebbins(b), tendo lançado seu primeiro álbum em 1996, o elogiado Seasick. Com um som na linha do Power Pop e Indie Pop, próximo a bandas como NEW PORNOGRAPHERS & BEAT HAPPENING, eles atingiram o auge, para mim, no disco On(2002). Após uma parada de 4 anos, a banda retorna com este bom álbum, cheio de belas melodias, riffs certeiros, vocais a la BEACH BOYS e refrões pegajosos. Everything abre o disco e sintetiza tudo o que falei. Do it Better, Shim Sham(com a clara influência do B-52´s) mantém o pique do disco e mostram como a banda amadureceu após esse hiato. Baby and the Band, One Two(tremendo som dançante), It´s Now, Fallen Idol(com toda sua influência de Mr. McCartney). Sweet Potato, 21st Century e What You Do fecham o disco de forma magnífica. Ótimo disco, com belos vocais(estou a cada dia mais fã de bandas em que as mulheres colocam belas vozes para gerar a "quase" química pop perfeita) e vários hits potenciais. Baixa e boa diversão.
quarta-feira, setembro 19, 2007
IAN BROWN- The World is Yours
Se muitas bandas do britpop explodiram nos anos 90 e se o revival do pós-punk oitentista ganhou força neste início de século XXI, elas devem muito a uma banda que não pode ser esquecida: o STONE ROSES. Junto com J&MC e PIXIES, eles são uma das grandes influências do que chamamos de rock moderno. Com dois discos, esta banda de Manchester, deixou seu nome na história e um legado ainda hoje seguido por vários grupos mundo afora. E uma figura merecia destaque na banda: IAN BROWN. Após o fim do grupo ele procurou, mesmo com todos os tropeços, fazer um trabalho além de seu antigo grupo, lhe custando alguns milhares de dólares, mas mantendo sua dignidade. Ativista contrário a guerra do Iraque e a continuidade da monarquia inglesa, ele está lançando seu quinto álbum, The World is Yours. Tendo mantido uma boa legião de devotos, desde sua antiga banda, ele infelizmente não repetiu em sua carreira solo o talento que o consagrou(mesmo assim ele, recentemente, recusou várias ofertas para o retorno do STONE ROSES). Esse disco me chamou a atenção pelo fato que cada audição(ouvi três vezes) me deixava com impressões diferentes, mas no geral agradou, sendo candidato ao melhor trabalho de sua carreira solo. A uma mistura de elementos de trip hop, pitadas de rock e soul, com os vocais marcantes de BROWN gerou um cd estranho no primeiro momento, mas que vai se revelando belo a cada novo contato com os tímpanos. Recheado de boas canções como Illegal Attacks(sensacional, com a participação de SINEAD O´CONNOR), Goodbye to the Broken, Save Us, Sister Rose, On Track & Some Folks are Hollow o álbum vai crescendo a cada, destacando o bom trabalho realizado pelo mito, sem lembrar o mito. Outro para a lista de 2007, talvez sem entrar no top, mas merecendo uma boa escutada. Boa diversão
domingo, setembro 16, 2007
MILBURN- These are the Facts
A tecnologia facilitou o sonho de muitos jovens fascinados por música, tornando a tarefa de gravar um disco ou de conhecer uma nova banda ao alcance de um aperto no botão do computador. Isso gerou a revolução que está acabando com a indústria fonográfica(isso é ruim?), mudando a relação do jovem com a música(para pior ou melhor?) e gerando bandas que transcendem as fronteiras(vide o CSS e o BONDE DO ROLÊ). Uma das consequências disso tudo é que surgem milhares de bandas, muitas seguindo as mesmas tendências e com um som parecido. O quarteto MILBURN foi vítima dessa última situação. Formado por Joe Carnall(v,b), Louis Carnall(v,g), Tom Rowley(g) & Joe Green(D) na cidade inglesa de Sheffield, a banda segue a linha de influência do pós-punk oitentista e sofreu inúmeras comparações com seus conterrâneos do ARCTIC MONKEYS ao lançar seu primeiro cd- Well, Well, Well- no ano passado. Algumas informações dizem até que a bandas do Carnall foi uma influência para os ARCTIC, mas com imenso sucesso dos conterrâneos acabou ficando esquecida. Sinceramente o primeiro disco lembra muito os macacos e ao ver o lançamento do segundo cd, These Are the Facts, pensei:"agora eles afundam de vez". Mas para minha surpresa ocorreu o contrário. Lo+Behold abre o disco e deixa uma boa impressão, principalmente pelos riffs marcantes, seguida por canções como Wolves at Baby, Lucy Lovemenot, Sinking Ships, Being a Rouge & Genius at the Tramp. O álbum não vai acabar com a comparação, pois algumas faixas(como Cowboys and Indians) ainda vão trazer a lembrança imediata do ARCTIC MONKEYS, porém o grupo parece começar a encontrar seu espaço no rock hype atual. Apesar de ser inconstante merece ser baixado e escutado.
quarta-feira, setembro 12, 2007
BAND OF HORSES- Cease to Begin
Se o "drama" do segundo disco prejudica as bandas mais "hypadas" da cena indie inglesa, gerando álbuns inferiores(ou menos prestigiados), o mesmo fenômeno não ocorre no indie americano, por natureza mais consistente e equilibrado. As bandas americanas primam, na maioria das vezes, por criar discos mais coesos, com a consequência de não estourarem meteoricamente(ou em proporções diferentes dos colegas da terra da rainha), possibilitando uma carreira mais duradoura(na maioria das vezes). É o caso do BAND OF HORSES, que lançou um ótimo disco no ano passado, Everything All the Time, e ocupou os primeiros postos em várias listas de melhores do ano sem ter tido o "hype"(no bom sentido) merecido, sendo pouco escutado. Originária da Carolina do Sul, tendo como membros Ben Bridwell(g,v) e Matthew Brooke(g), o BAND OF HORSES tem claras influências de NEIL YOUNG & CRAZY HORSE e FLAMING LIPS(do álbum Soft Buletin para frente). Para o segundo disco, Cease to Begin, não houve a participação de Brooke, que saiu para ingressar em outros projetos. Felizmente o talento de Ben, inclusive para selecionar os músicos que participaram das gravações, faz com que o álbum não decepcione. A abertura com Is There a Ghost traz todo potencial dos vocais de Bridwell, num clima emocionante. Rechado de baladas, o álbum traz momentos intimistas como em The General Specific, Lamb of the Lan(in the City), Window Blues, Detlet Schrempt. Marry Song tem na guitarra marcante seu destaque(remetendo para o disco anterior). Na minha opinião este segundo cd está no nível do primeiro e tem tudo para consolidar o grupo no indie americano. Baixa e boa diversão.
segunda-feira, setembro 10, 2007
RILO KILEY- Under the Blacklight
Aos fãs que tiveram medo de uma possível separação do RILO KILEY com o bom trabalho solo de Jenny Lewis & Watson Twins, no ano passado, podem acalmar os nervos e saborear o recente lançamento do bom Under the Blacklight, quarto álbum da carreira da banda. Formada no ano de 1998, em Los Angeles, por Jenny Lewis(v), Blake Sennet(g,v), Pierre de Reeder(b) & Dave Rock(d), que posteriormente deixou a banda para entrada de Jason Boesel, eles representam o que de mais agradável o indie pop/rock pode oferecer: um belo vocal feminino, melodias grudentas e doçura na medida certa. As influências da banda são seus contemporâneos BROKEN SOCIAL SCENE, NEKO CASE & DECEMBERISTS, mais uma pitada de PAUL McCARTNEY. A banda foi conquistando uma boa reputação no circuito indie(fato iniciado já no cd de estréia Take Offs and Landings, de 2001), que certamente será mantida com o lançamento deste quarto trabalho. Silver Lining abre o disco com um certo ar CARDIGANS(presente em outras faixas como Breaking´Up), logo substituído em canções como Moneymaker e a faixa- título. Dreamworld é a melhor música do disco, com sua bela melodia e os vocais de Lewis e Sennet. 15, Smoke Detector & Give a Little Love são outros pontos altos deste álbum. Um bom disco(mesmo que um pouco inconstante), para namorar ou relaxar de um dia cansativo, de uma banda que ainda pode criar outros bom trabalhos em sua carreira. baixa e boa diversão.
quarta-feira, setembro 05, 2007
ALL SMILES- Ten Readings of a Warning
É sempre muito bom ouvir um cd desconhecido e descobrir a beleza de suas músicas e as influências que a banda tem em seu som. Ao colocar o álbum Ten Readings of a Warning, da banda americana ALL SMILES tive uma das boas surpresas deste ano. Sem ser necessariamente inovador ou seminal, este disco faz com que o ouvinte venha a descobrir(ou redescobrir) o prazer de ouvir boas canções. Ao pesquisar sobre o grupo vi que seu mentor era Jim Fairchild, ex-guitarista do GRANDADDY(uma das grandes bandas americanas dos anos 90, na minha opinião, e que encerrou as atividades no ano passado), que após o fim da banda começou a gravar algumas músicas em sua casa, dando origem ao projeto ALL SMILES. Para acompanhá-lo foram convidados músicos de bandas como MODEST MOUSE, SLEATER-KINNEY & GREAT NORTHERN, resultando em um álbum com fortes influências de NEIL YOUNG e FLAMING LIPS. A abertura com a dupla Summer Day e Killing Sheep dão ao álbum um belo clima e mostram a qualidade do álbum. Mesclando canções com uma forte veia acústica, como Pile of Burning Leaves e Leave Love, com outras mais que lembram sua antiga banda, como Moth in a Cloud of Smoke e The Velvest Balloon, o disco transpira belas melodias pop na medida certa para agradar aos fãs do indie como aquelas pessoas que desejam ouvir boas músicas, transpirando tranquilidade e vontade do ouvinte escutar da primeira a última música, sem parar. Baixa que a diversão é garantida!
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