quarta-feira, julho 30, 2008

THE AUTOMATIC- This is a Fix

Uma das boas revelações dos últimos anos está com cd novo saindo do forno. Falo do AUTOMATIC e seu mais novo álbum, intitulado This is a Fix. Dentre as milhares de bandas do indie-pop inglês(que segundo alguns está morrendo!) que surgem todos os dias esse quarteto de Cardiff, formado em 2003, e com singles lançados a partir de 2005, obteve destaque no ano de 2006 com o disco Not Accepted Anywhere que tinha hits como That´s What She Said & Raoul. Com influências de MANIC STREET PREACHERS, IDLEWILD & ASH eles conseguem criar uma sonoridade rock dançante muito interessante(dá pra notar uma pitadinha de FUTUREHEADS no som desse segundo cd) tanto para as rádios de rock como para as melhores pistas(algumas canções são i, prato cheio para inspirados remixes). O cd abre com Responsible Citizen, faixa que não chega a empolgar. Accessories, Steve McQueen & The Ship elevam o nível do Lp e colocam o grupo como candidato a animar as melhores baladas de rock mundo afora. Bad Guy é a grande candidata a hit dos disco, com seu clima nervoso, pesado e dançante. In the Mountains é um hit certeiro com sua mistura de melodia grudenta e riff poderoso. Light Entertainment fecha o disco em grande estilo(poderia figurar em uma coleânea do britpop noventista). Se você acha que realmente o indie inglês está morto pela repetição no som de inúmeras bandas, pode passar batido por This is a Fix. Agora se seu interesse é diversão sem compromisso baixar essse disco é uma ótima pedida. O link para baixar está nos comentários. Boa diversão.

domingo, julho 27, 2008

WIRE- Object 47

Ao saber, em abril, que o WIRE preparava o lançamento de um novo cd não fiquei preocupado como fico quando bandas clássicas decidem voltar a ativa com músicas inéditas. Falo isso pelo fato de, na minha opinião, um dos maiores desafios do rock e a combinação longevidade-qualidade. Ter uma longa carreira é algo comum para várias bandas, mas, infelizmente, a qualidade ao longo dos anos vai ficando cada ves mais escassa, o que desagrada muitos fãs "tradicionais". Com o WIRE o tempo foi generoso. Surgido na explosão do punk, eles tiveram uma influência seminal para as bandas do pós-punk e de boa parte do pop inglês da atualidade. Discos como Pink Flag, Chairs Missing & 154 são fundamentais para toda transformação ocorrida no final dos anos 70 e começo dos 80. O último registro inédito do grupo foi Send, de 2003, e no último dia 15 de julho saiu Obejct 47, o mais novo tranalho inédito do grupo. One of Us abre o disco em grande estilo, sintetizando o som da banda e soando como uma banda influência pelos seus discos anteriores. Circumspect & Meakon Headman tem riffs marcantes, mostrando como pop e rock podem andar juntos sem banalidade. Outros destaques são Hard Currency, Are You Ready?, Perspex Icon & Patient Flees. All Fours encerra o álbum em grande estilo, com pegada nervosa, cortesia de Page Hamilton(ex-HELMET). Um ótimo disco, com guitarras na distorção certa, melodias grudentas e vocais limpos e marcantes, tornado este lançamento um dos candidatos a ocupar os primeiros postos entre os melhores de 2008. O link para baixar está nos comentários. Boa diversão.

quinta-feira, julho 24, 2008

IMPOSSIBLE SHAPES

O rock americano a cada dia mostra que sua fonte é inesgotável. Falo isso após ter ouvido o novo disco do IMPOSSIBLE SHAPES, banda formada no meio dos anos 90 no estado de Indiana, que faz uma mistura de experimental, lo-fi e psicodelia(algo como uma união do APPLES IN STEREO com PAVEMENT e GUIDED BY VOICES). Eles chamaram a atenção com o álbum The Great Migration, de 2000,iniciando uma sequência de bons discos. Para mostrar que a velha forma ainda não foi perdida está saindo do forno seu mais novo cd, intitulado Impossible Shapes. Com belas viagens e riffs certeiros esse é mais uma das boas dicas do ano. Deixo abaixo o vídeo da música Let The People Build What The Will. O link para baixar está nos comentários. Boa diversão.



terça-feira, julho 22, 2008

MERCURY REV

Já comentei várias vezes que a velocidade dos lançamentos de novos discos, nos dias atuais, torna praticamente impossível a tarefa de comentar todos os trabalhos de qualidade disponibilizados na net. Para tentar dar maior agilidade ao blog vou postar, nas terças, quintas e sábados, breves comentários sobre novos lançamentos ou clássicos de outras décadas, auxiliado por vídeos do Youtube. A primeira banda a ter destaque são os americanos do MERCURY REV que estão preparando o novo álbum, intitulado Snowflake Midnight, para o mês de setembro. eles tem estreitas ligações com o FLAMING LIPS e seu novo lançamento tem tudo para trazer os melhores momentos de discos como Desert´s Songs, álbum responsável pela popularização do som do grupo. Como um aperitivo coloco uma apresentação deles no programa do Jools Holland. Boa diversão

domingo, julho 20, 2008

MACACO BONG- Artista Igual Pedreiro

A cena independente brasileira está, na minha opinião, a um passo da plena maturidade. Digo isso em razão da falta de um circuito de shows consistentes, como ocorre nos EUA e Reino Unido, para que as bandas possam adquirir condições de profissionalização. Os festivais, capitaneados pela ABRAFIN, a difusão dos trabalhos pela internet e as casas de shows em várias cidades brasileiras dão esperança que esse momento esteja bem próximo. Qualidade aos artistas nacionais não falta. Um ótimo exemplo disso é o primeiro disco do trio cuiabano MACACO BONG, intitulado Artista Igual Pedreiro. Surgido em 2004, inicialmente como um quarteto, adquiriu a formação atual em 2005, começando as primeiras composições que logo chamaram atenção pela qualidade e por investir num seara pouco explorada em terras brasileiras, o rock instrumental. Aqui aproveito para destacar outra banda expoente desse gênero, o trio gaúcho PATA DE ELEFANTE, com dois ótimos discos lançados e com projeção inclusive no exterior(tocaram no SXSW). O MACACO BONG faz um mix poderoso de rock(influências de RUSH & LED ficam claras em composições como Belezza, Rancho, Shift, Amendoin, Fuck You Lady), psicodelia(Vamos dar mais Uma é um exemplo), flertes com o jazz fusion(Compasso em Ferrovia) e uma originalidade de quem ouviu o melhor da música brasileira dos últimos qaurenta anos. A cozinha de Ney Hugo e Ynaiã Benthroldo dão a base para os sensacionais e viajantes riffs da guitarra de Bruno Kayapy, tornando este um lançamento obrigatorio para os fãs da boa música. E o melhor de tudo: o disco está para download no site Album Virtual, em outra inovação da gravadora Trama, surgido com a proposta de lançar discos gratuitos para os fãs e remunerados para os artistas(nos moldes do que já era realizado no portal deles). Vai lá, baixa o disco e boa diversão.

quarta-feira, julho 16, 2008

OKKERVIL RIVER- The Stand Ins

Falar que o ano de 2008 está excepcional em matéria de lançamentos no pop/rock para parecer um jargão para iniciar o comentário sobre um novo cd "vazado" na net. Mas é só ouvir o novo lançamento dos americanos do OKKERVIL RIVER, intitulado The Stand Ins, para verificar ser verdadeira a opinião inicial desse texto e comprovar a qualidade de muitos trabalhos realizados atualmente. Esse trio, formado na cidade de Austin, no ano final dos anos 90, obteve destaque com o lançamento do seu terceiro cd, Down the River of Golden Dreams, que chamou atenção para as belas músicas compostas pela banda. No ano passado, com seu quinto disco, The Stage Names, o grupo confirmou seu nome com um dos mais promissores da cena indie americanda. E o bom de Stage Ins é que ele é a "segunda parte" das sessões do disco anterior. Explico: Stage Names era para ser um disco duplo, mas a banda optou por dividir as canções e criar dois álbuns com uma continuidade nas músicas e na qualidade. Lost Coastines abre o disco com belos riffs, arranjos e duo vocal de Will Shef e Jonathan Meiburn. Starry Stairs é uma continuação de Savannah Smiles, canção do disco anterior. Singer Songwriter é carregada de influências do rock americano, de DYLAN a BRIGHT EYES. Pop Lie tem a pegada certa para ficar horas e horas na mente de quem escuta. Blue Tulip é uma balada carregada de sentimento, com melodias que transmitem ao ouvinte a intensidade da interpretação de Shef. Calling and not Calling My Ex é outro ótimo momento do cd. Um bom disco, não tão impactante como o anterior, mas com belas canções que lhe garate um lugar de destaque nas listas de 2008. O link para baixar está nos comentários. Boa diversão.

segunda-feira, julho 14, 2008

THE MUSIC- Strength In Numbers

Ao contrário do que alguns podem imaginar nem tudo de bom que pinta na net é oriundo de estréias de novos artistas. Alguns grupos com carreira estruturada e outros que começam a consolidar seus trabalhos também estão criando belos discos neste ótimo ano de 2008. No último caso coloco o quarteto de inglês THE MUSIC em seu mais recente trabalho, intitulado Strength in Numbers. A banda surgiu em 1999, na cidade de Leeds, e lançou seu primeiro trabalho, com título homônimo, em 2002, tendo obtido boa receptividade do público e da crítica. Seu som tem influências de STROKES, LIBERTINES, KASABIAN, RAPTURE & PRIMAL SCREAM criando canções que vão do indie-pop ao electro-rock certeiro para as pistas de dança. Strength..., seu terceiro cd, abre com a faixa-título que já vem abalando as estruturas, com um pegada bem KASABIAN, mantida em outras faixas como Fire, Get Trought & No Weapon Sharper Than Will que formam a parte dançante do cd, nas quais os vocais de Robert Harvey casam perfeitamente com o clima frenético dos riffs de guitarra e das linhas de baixo. The Spike tem uma pegada pop muito bem combinada com a sonoridade dançante da banda. Drugs, Idle(com seu clima enigmático se, perder a pegada pop), The Left Side, Vision & The Last One são outors destaques do cd. Um disco que deve agradar em cheio as fãs da mistura eletrônico e rock, pois várias músicas ressaltam o lado pop da banda mesclado com momentos em que os sintetizadores trazem um peso todo especial ao som desse quarteto pronto para estourar em 2008. O link para baixar, a versão japonesa com um cd bônus, está nos comentários. Boa diversão.

terça-feira, julho 08, 2008

OXFORD COLLAPSE- Bits, Bitz


Um dos pontos que considero mais importantes nas "cenas" de rock americana e inglesa é a diversidade dos estilos das bandas que surgem por aquelas terras. O grupo nova-iorquino OXFORD COLLAPSE é um bom exemplo dessa diversidade do indie americano. Formada em 2001, no Brooklyn, pelo baixista Yong Sing da Silva, que saiu em 2003, dando lugar a Mike Henry, a banda lançou seu primeiro disco em 2004, Some Wilderness, misturando SONIC YOUTH, MISSION OF BURMA, GANG OF FOUR & WIRE. Em 2006 o terceiro disco, Remember the Night Parties, colocou os rapazes em evidência na cena alternativa americana e gerou expectativas, que agoram se confirmam, para o lançamento de seu novo cd, Bits, Bitz!. Electric Arc abre o álbum remetendo a sonoridades do seu antecessor e com um clima da década de 90. The Birthday Wars tem nos riffs nervosos e caóticos aliados aos vocais suavemente depressivos seu ponto de destaque. For the Winter Coats lembra momentos de FUGAZI, assim como Men & Their Ideas. Outros destaques são Young Lovers Delivers, Back of the Yards, Featherbeds & I Hate Nobody. Um disco com a cara do rock americano, que não tem medo de misturar tendências e criar belas composições, das mais variadas formas. O OXFORD COLLAPSE tem como mérito, em sua curta carreira, a capacidade de misturar canções de estilos diferentes, mas com o traço da criativdade que une-as para dar uma identidade muito peculiar a banda. O link para baixar está nos comentários. Boa diversão.

domingo, julho 06, 2008

CANSEI DE SER SEXY- Donkey

Em junho de 2005 andava pelos corredores da mitológica galeria do Rock, em Sampa, quando me deparei com um cd recém lançado de uma das novidades da cena indie daquela cidade. Achei o nome da banda, CANSEI DE SER SEXY, simpático e, como o cd estava barato, comprei. Ao ouvir o álbum percebi que aquele era um dos trabalhos mais legais que estavam sendo feitos em terras brasileiras. Pelo que aconteceu de lá para cá não fui só eu que gostei do som deles. Hoje o CSS, como ficou conhecido, é a banda brasileira de maior destaque internacional, sendo "queridinhos" da NME, da Radio 1, dos grandes festivais europeus e americanos, da rádios de rock, da internet. e contratados da Sub Pop. Com todos esses requisitos o seu "segundo" disco passou a gerar inúmeras expectativas. Há pelo menos um mês versões fakes do álbum circulavam pela net, mas agora vazou a versão "oficial" do cd Donkey, que será comercializada no dia 21. Jager Yoga abre o disco como uma continuação da sonoridade do primeiro álbum, mas com uma produção infinitamente melhor e que faz muito bem ao som do grupo. Rat is Dead(Rage) & Let´s Reggae All Night são dois petardos certeiros para as pistas de dança e mostram como o vocal de Loverfoxx está bem encaixado com as melodias das músicas. Left Behind traz elementos do som da década de 80, How Became Paranoid tem linhas dos anos 90, enquanto Move parece saída da trilha de um filme sa sessão da tarde. Um bom disco, com pelo menos três canções para figurarem nas famosas listas de melhores do ano. Mesclando as influências de electro rock, new wave, LE TIGRE & BREEDERS, Donkey é um dos bons lançamentos desse ótimo 2008. O link para baixar está nos comentários. Boa diversão