domingo, julho 29, 2007

ARCHITECTURE IN HELSINKI- Places Like this


Uma das bandas mais cultuadas pela imprensa musical está de lançamento novo agendado. Falo do octeto(isso mesmo) australiano ARCHICTETURE IN HELSINKI, que vem sendo namorado, já faz um tempo, como uma das novas promessas da música pop. Formado em Melbourne, no ano de 2000, liderado pelo agitado Cameron Bird, esse grupo mistura as rock/pop/rap/eletrônico, num caldeirão inovador, que chama a atenção ao ser escutado. Seu terceiro lançamento, Places Like This, tem tudo para confirmar a consistência da mistura entre BROKEN SOCIAL SCENE, SATURDAY LOOKS GOOD TO ME & SUGARCUBES, que cria um pop inovador e inquieto, fazendo o ouvinte ter uma surpresa a cada faixa. Red Turned White remete ao som do disco anterior, In Case We Die, com o liquidificador sonoro típico da banda. O primero single, Heart it Races, me lembrou algumas pirações de mr. Wayne Coine(FLAMING LIPS), na fase Yoshimi. Em relação aos trabalhos anteriores observamos uma banda mais madura, com uma definição melhor do caminho que busca trilhar(ou que não busca). Underwater & Like it ar Not são as melhores canções do disco, fazendo a ponte entre os discos anteriores e os novos caminhos que se apresentam para a banda. Lazy é outro destaque do álbum, assim como Nothing´s Wrong. Um disco que merece ser escutado, sendo , na minha opinião o melhor trabalho da banda, que além do nome estranho tem outros ótimos motivos para ser escutada. Boa diversão.

segunda-feira, julho 23, 2007

CLIENT- Heartland

A fusão entre o rock e os sons eletrônicos já uma realidade consolidada e que aponta para interessantes caminhos na trajetória da música pop. A união dos dois estilos já resultou na criação de rótulos como "Electroclash" & "Electropunk" e deu destaque para a cena electro de Nova Iorque(como pode ser visto no documentário Clash of Cultures, de Guto Barra) e da Europa. Independente do rótulo considero muito importante o caminho apontado por bandas como o LADYTRON, VIVE LA FETÊ, ADULT & CHICKS ON SPEED e também pelas meninas do CLIENT, como fica claro em Heartland, seu mais recente álbum. Formado em 2001 por Client A e Client B( na verdade Kate Holmes & Sarah Blackwood), o grupo segue bem a linha das bandas citadas, mas tem personalidade própria e bons hits para as pistas de dança. Heartland marca a entrada na banda de Client E, nova componente do grupo. Drive deixa claro como é o som do grupo, com destaque para os belos vocais(isso pode fazer alguns confundirem a banda com o LADYTRON, mas o grupo de Liverpool tem uma pegada mais pesada e próxima ao KRAFTWERK). Lights Go Out tem um clima oitentista, influência do HUMAN LEAGUE, banda adorada pelas meninas. Zerox Machine é o hit do álbum e uma ótima pedida para uma festa. 6 in the Morning é outra candidata a hit e as pistas(música ideal para um remix na linha do WHITEY), assim como Where´s the rock & Roll Gone e Monkey on my Back. Aos que gostam da cena é uma ótima pedida, bem melhor que a New Rave. Aos que ainda não conhecem a cena aqui está uma ótima oportunidade. Baixa e prepara uma pista na sua casa ou trabalho, pois vai ser dificil ficar parado.

domingo, julho 22, 2007

THE ELETRIC SOFT PARADE- No Need To Be Downhearted

O ELETRIC SOFT PARADE não é muito conhecido no Brasil, infelizmente, mas com certeza agradará em cheio aos que buscam boas novidades musicais. Formada no ano de 2001, na cidade de Brighton, ING, por Alex & Tom White, sendo posteriormente completada por Matthew Twaites e Matthew Preist, eles fazem um som que é uma mistura de britpop, pós- punk & power pop, mesclando as influências de ASH, OASIS & TEENAGE FANCLUB. Com uma carreira consilidada no Reino Unido e nos EUA a banda lançou no mês de abril seu terceiro cd, intitulado No Need To Be a Downheartd, um trabalho interessante, mas que não chega perto de Holes in the Wall, primeiro e melhor cd da banda. O disco abre com com a faixa- título, que mais parece uma música do BRITISH SEA POWER, vai para ótima Life in the Backseat(um hit em potencial para as rádios rock). Woken By a Kiss dá uma quebrada no disco(só melhora perto do final). Em In That´s the Case... o destaque fica por conta dá ótima combinação de riffs fortes e teclado oitentista. O clima de Secrets foi um dos que mais me agradou, por seu início intimista e final intenso. Cold World poderia estar em um disco de PAUL McCARTNEY dos anos 90, tamanha é a semelhança(inclusive nos vocais de White). Appropriate Ending encera o disco com seus bons riffs e clima de trilha sonora. Um disco regular, mas que mostra o potencial de banda e, como falei, é bom para os garimpeiros de novos sons. Pode baixar e boa diversão.

quarta-feira, julho 18, 2007

EL MATO A UN POLICIA MOTORIZADO- Un Millon de Euros

Ao ouvir Un Million de Euros, segundo EP de uma trilogia, lançado pelo grupo argentino EL MATO A UN POLICIA MOTORIZADO percebi que não dedico praticamente nenhum espaço ao rock cantando em espanhol. Isso me fez refletir a grande injustiça cometida, pois países como Uruguai, Chile, México e Argentina tem ótimos grupos surgindo em sua cena independente. No caso de nossos "hermanos da terra de Gardel", o rock sempre foi destaque pelo número de excelentes bandas e músicos oriundos daquele país(vide ALMENDRA, PAPPO, SUI GENERIS, PESCADO RABIOSO & AEROBUS), produzindo obras sensacionais, que merecem ser escutadas. A nova geração do rock argentino mantém a qualidade da cena do país e já destacou nomes como LOS ALAMOS, BOOM BOOM KID e agora EL MATO A UN POLICIA MOTORIAZADO. Oriundos de La Plata, este grupo, formado em 2003, mostra estar antenado com o indie rock americano e inglês, sem desprezar influências de bandas compatriotas. O som de guitarras me lembrou muito os anos 90, principalmente a influência de PAVEMENT, presente em várias faixas do EP. Un Million de Euros mostra bem o estilo da banda em músicas como Chica Rutera, Amigo Piedra, Un Million de Euros, El Rey de la TV Italiana & Viene Bajando, misturando climas viajantes, guitarras distorcidas e belas melodias. Em resumo: um disco muito bom, ótimo para os amantes da boa música. Já que o Mercosul anda devagar, a música anda a todo vapor . Escute e boa diversão.

segunda-feira, julho 16, 2007

SUPERGUIDIS- A Amarga Sinfonia do Superstar


A cena independente brasileira consolida-se a cada dia que passa, com inúmeras bandas produzindo trabalhos de qualidade, festivais por várias partes do país e um grande apoio da internet na divulgação dos artistas interessantes de nova geração. Ano passado o SUPERGUIDIS, de Guaíba, RS, lançou o melhor álbum independente, na minha opinião, com um som que fugia do estigma ao qual ficou vinculado o rock gaúcho(a eterna associação ao som dos 60´s/70´s). Com hits certeiros, guitarras sintonizadas em sons do indie rock e uma poderosa presença de palco eles foram a grande revelação do ano, deixando uma grande expectativa sobre o seu segundo trabalho. E o cd A Amarga Sinfonia do Superstar, lançado pelo selo Senhor F, é, na minha opinião, o lançamento que faltava para consolidar o grupo formado por Andrio Maquenzi(v/g), Lucas Pocamacha(g/v), Marco Pecker(d) e Diogo Macueldi(b) e com influências de GUIDED BY VOICES, SONIC YOUTH & PAVEMENT, brinda o público com um trabalho maduro(destaque para a ótima produção de Philippe Seabra, que deixou limpo o som da banda, sem tirar sua vitalidade), com destaque para o ótimo trabalho da dupla de guitarristas. A abertura com Por Entre as Mãos já deixa claro ao ouvinte que esta banda merece o sucesso alcançado. Dái para frente somos brindados com canções como A Exclamação, Parte Boa, Cheiro de Óleo, Ainda Sem Nome & Nunca vou Saber, todas sensacionais. Um Dia de Cão é um dos destaques do cd, com uma das melhores letras dos últimos tempos no rock nacional. um disco obrigatório! Um som obrigatório! Um momento obrigatório do rock independente nacional que se você perder, é porque és louco. Boa diversão.

domingo, julho 15, 2007

BLACK MOTH SUPER RAINBOW- Dandelion Gum

Aos que sempre procuram novidades e não presos aos rótulos, ou as bandas da moda, o BLACK MOTH SUPER RAINBOW será uma descoberta interessante. Com uma mistura de psicodelia, eletrônica & pop, esse quinteto da Pennsylvania, EUA, lançou recentemente o álbum Dandelion Gum, seu terceiro na carreira iniciada no ano de 2002. Com influências centradas na música eletrônica, principalmente no AIR, CORNELIUS e BROADCAST, a banda tem um som difícil de digerir em um primeiro momento(principalmente se você for purista), mas que caí bem em seu conjunto e aonde várias músicas funcionam no clima que procuram criar(principalmente na parte eletrônica). Esse quinteto que tem integrantes com nomes esquisitos- The Seven Fields of Aphelion, Tobacco e Iffernaut- usa instrumentos eletrônicos analógicos(como o piano Rhodes) para dar maior originalidade em suas canções, o que funciona muito bem. Forever Heavy abre o álbum com um clima angustiante, reforçado pelos vocais distorcidos. A presença de violões em Jump Into My Mouth..., com os elementos anteriores já dá a marca do disco: experimentalismo e muita psicodelia. Os sons eletrônicos ao longo do álbum são constantes, como em Melt Me, Lollipopsichord, Sun Lips, 255 e The Afternoon Turns Pink, indo de canções tensas a baladas dançantes(com cacuete para as pistas). Todos que estejam querendo novidades(e que tenham ouvidos livres de preconceito) vão adorar esta banda. Vá com calma e boa diversão.

terça-feira, julho 10, 2007

LOS CAMPESINOS- Sticking Fingers into Sockets EP

Ao ouvir o septeto gales LOS CAMPESINOS, e seu ep Sticking Fingers into Sockets, fiquei me perguntado qual o poder pode ter o hype. Será bom ter uma banda com seis ou oito músicas sendo considerada a grande novidade a ser consumida? Ou será melhor desenvolver uma carreira mais calma, para um consumo mais prudente? Ao ler a NME fico impressionado com a número de novas bandas que aparecem e como tão logo elas desaparecem(ou deixam de ser interessantes a partir do segundo disco), fazendo a tarefa de ouvir música algo insano, pois sempre estamos ouvindo que já está "quase velho". A banda vem sendo falada na imprensa britânica desde o ano passado e depois de alguns singles eles lançam esse ep, uma boa promessa para o futuro primeiro álbum. Com um rock vibrante, eles fundem as influências de BROKEN SOCIAL SCENE(Dave Newfeld, membro do BSC, produziu o álbum) com PAVEMENT e fazem um som bem original, fugindo da mesmice que em certos momentos irrita no rock inglês atual. achei a idéia do ep muito boa, pois as músicas conseguem deixar o trabalho homogêneo e fica até difícil dizer qual delas é a melhor(mesmo que You!Me!Dancing, It Start with a Mixx & Frontwards tenham me agradado mais nas audições). Resta ver se o grupo chega ao primeiro álbum mantendo a consistência de seus trabalhos iniciais. Um fato interessante é que todos os sete membros da banda assinam o sobrenome Campesinos. Pode baixar que é diversão garantida.

segunda-feira, julho 09, 2007

BISHOP ALLEN- The Broken String


Em vários posts eu venho afirmando que o rock independente americano vive um momento de muita consistência, o que é muito bom, pois lá os hypes passageiros são bem menos constantes que na terra de seus colonizadores. E com prazer apresento mais uma boa novidade do rock ianque, o BISHOP ALLEN. Formado no Brooklyn, NY, este grupo tem como seu núcleo Justin Rice & Christian Rudder, os membros originais e que tem contado com a colaboração de músicos convidados e amigos em suas gravações. Com um disco lançado, Charm School em 2003, e 12 eps ano passado(um por mês), a banda mostra suas influências que mesclam BROKEN SOCIAL SCENE, ARCADE FIRE, PAVEMENT, WILCO e PIXIES. Tudo isso está no liquidificador que é The Broken String, seu lançamento que chegará as lojas dia 24 deste mês. A abertura, com The Monitor, pode dar gerar uma falsa comparação com o ARCADE FIRE, que é logo arquivada com a dançante e radiofônica Rain, seguida por outro hit potencial, Click, Click, Click. Flight 180 traz de volta o clima sinfônico, quebrado na sequência com Like Castnets( escorrega para uma leve latinidade). Shining Violet, Middle Manegement e Choose Again são outros destaques do álbum. Um dos pontos mais interessantes da banda é sua versatilidade, indo do bom pop rock a canções com maior pompa e instrumentação. Em alguns momentos o álbum dá uma pequena escorregadinha, mas nada para abalar a qualidade do trabalho do grupo. Uma, mais uma, boa surpresa de 2007. Se continuar neste caminho a lista dos melhores e das revelações será uma das mais complicadas deste século. Baixa e boa diversão.

domingo, julho 08, 2007

CANDIE PAYNE- I Wish I Could Have Loved You More

Há alguns anos atrás tinha uma certa relutância com vocais femininos(mesmo reconhecendo o valor de JANIS & PATTI SMITH). Ao descobrir cantoras como MAGGIE BELL, P.J. HARVEY, TORI AMOS, só para citar algumas, vi a grande besteira que estava cometendo. Um exemplo do equívoco cometido, pensando daquele jeito, é a cantora CANDIE PAYNE. Surgida no início de 2007, com o cd I Wish I could Have Loved You More, esta inglesa de Liverpool consegue misturar várias influências, como NANCY SINATRA, NINA SIMONE, DUSTY SPRINGFIELD & PORTISHEAD, e fazer um dos álbuns mais interessantes e consistentes do novo indie pop inglês. A mistura de um clima sessentista com toques de atualidade(centrada no trip-hop), a bela voz e as ótimas interpretações fazem o seu primeiro trabalho ser uma das boas surpresas de 2007(o reconhecimento está acontecendo, vide sua participação em festivais como o Glanstonbury). O álbum abre com a excelente faixa- título, um hit em potencial. Segue com a ótima Take Me(outra candidata a hit). All I Need to Hear, é uma dos melhores faixas do disco, acertando na mistura retrô/trip-hop. By Tomorrow, One More Chance, Hey Goodbye & Turn Back Now são outros destaques do disco. Se você procura o novo som para ser consumido em 2 meses, esqueça CANDIE. Este disco consegue ser intenso e cativante, sem necessariamente ter de ser rotulado por "algum novo hype". Ah, ela é irmã do baterista do ZUTTONS e do ex-vocalista do THE STANDS. Mas com tantas coisas boas em I Wish..., a árvore genealógica dela é o que menos interessa. Adoro mulheres nos vocais! Baixa e boa diversão.

segunda-feira, julho 02, 2007

THE THRILLS- Teenager

Os fãs do bom pop/rock estão em festa com o anúncio do novo lançamento do THRILLS, Teenager, programado para 30 de julho, outro disco a ser somado a enorme lista de lançamentos interessantes do ano(e ainda estamos na metade de 2007!). Dentre as várias qualidades do rock bretão, uma está no apuro para compor belas melodias que grudam desde a primeira audição. E nesse time este grupo de Dublin é um dos destaques. Formado em 2001, e com dois cds na bagagem(com destaque para So Much for the City), o quinteto tem como destaques os bons vocais de Conor Deasy, a guitarra de Daniel Ryan, o piano de Kevin Horan e a vocação para canções românticas. Herdeiros diretos de bandas como BEACH BOYS(uma das grandes influências do pop atual), BYRDS & NEIL YOUNG, e tendo servido de inspiração para grupos como o HAL, o grupo preferiu não arriscar e manteve o som que firmou seu nome como um dos destaques da cena indie britânica. The Midnight Choir abre o disco e de cara percebemos a presença dos arranjos, característicos do grupo, acompanhando o suave vocal de Deasy. Ainda são destaques Long Forgotten Song, No More Empty Words & Restaurant. Um bom disco para um namoro ou paquera, com uma sonoridade "queridinha" na medida certa e belas canções. Pode baixar que sua namorada ou esposa vai adorar(ou seu marido ou namorado). A capa do álbum resume bem o que quis dizer. Boa diversão.

domingo, julho 01, 2007

SUPER FURRY ANIMALS- Hey Venus

O ano de 2007 está sendo recheado de boas novidades e de lançamentos interessantes de bandas consagradas. Neste segundo caso enquadra-se o SUPER FURRY ANIMALS, com seu mais novo álbum, Hey Venus. Formada no País de Gales, em 1993, esta banda liderada por Gruff Rhys tem uma legião de fãs, principalmente por seus ótimos trabalhos na década de 90 e início dos anos 2000. Mesclando influências de BEATLES, SYD BARRET & DAVID BOWIE eles tem em Radiator seu ponto máximo para mim. O antecessor de Hey Venus, Love Kraft, fazia uma homenagem ao Brasil em sua capa e teve um clima psicodélico muito forte. Misturando britpop, folk, psicodelia e bom rock, o SFA é uma das bandas mais respeitadas da cena indie atual, chegando ao seu sétimo álbum com muita expectativa por parte dos fãs e da crítica. Se o disco não encheu os olhos também não decepcionou. Vi a dica do Kid Vinil, fui atrás do cd e não me arrependi. The Getaway Song abre o disco deixando um gosto de quero mais que é saciado por Run-Away, uma das melhores faixas do lp. Show Your Hands lembra o clima do disco anterior, sendo mais uma c0ompsição bem feita, pronta para invadir as rádios, junto com Neoconsumer. O disco ainda tem as boas Into to the Night, Suckers & Battersea Odissey. Hey Venus é um cd que passeia por várias da fases banda, deixando o fã com um sorriso no rosto e sendo ótimo para quem estiver querendo conhecer a banda. Talvez não entre os melhores de 2007, mas merece ser baixado e escutado. Boa diversão!