Ser uma banda de rock em terras brasileiras não é tarefa fácil. Ou você cai no gosto do grande público e muitas vezes, acaba com a qualidade do seu trabalho(como os TITÃS) ou então gravita por um meio underground ainda incapaz de manter as bandas que o integram(em razão da falta de um circuito de shows e festivais, principalmente fora dos grandes centros). Nesta seara todo os gaúchos do CACHORRO GRANDE tem um grande mérito em sua carreira: ter saído do underground e entrando no mainstream ser romper com suas raízes. Isso fica evidente no mais recente disco do quinteto, intitulado Cinema. Se a banda surgiu com uma mistura de beat(na linha BEATLES) e garageira(na linha do MC5) agora eles logo começaram a mostrar que tinham um universo musical mais amplo e foram incorporando elementos de rock setentista, pos-punk, britpop para mostrar com se pode fazer um som honesto. O álbum abre com O Tempo parou/Sobre a Mi e apresenta uma snoridade muito próxima aos ROLLING STONES do final dos anos 60. Amanhã é, para mim, a faixa emblemática do disco, com sua mistura de balada/clima viajante/apelo pop para mostrar a evolução musical da banda. Dance Agora flerta com a disco do final dos anos 70(parece saída do álbum Emotional Rescue dos STONES). Niguém mais lembra de Você e Luz trazem o clima do rock setentista, enquanto Pessoas Vazias tem um clima pos-punk, principalmente por seu clima soturno. Cinema vai dividir os fãs da banda, pois muitos que gostavam dos primeiros discos podem torcer o nariz para este álbum, mas é inegável que o quinteto fez mais um bom trabalho e continua sendo um dos expoentes do rock nacional. Que continue assim por muito tempo! Nos comentários você já sabe o que encontrar. Boa diversão
4 comentários:
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Me deixou bastante curioso pra ouvir esse novo trabalho. Cachorro Grande é uma das melhores bandas do Brasil.
tava meio com o pé atrás, mas fui ouvir e achei excelente. dá pra acrescentar que tá disponível no myspace. vou escrever sobre eles no meu blog tbm, leiturasmusicais.blogspot.com. abraço
Conheço os caras desde antes de eles fazerem sucesso, quando eles faziam umas festas da pesada numa casa quase abandonada da Barros Cassal com a Avenida Independência, em Porto Alegre. Idos de 2000, 2001.
Sempre curti o som ao vivo deles - pegada roqueira inegável. De qualquer forma, fiquei com a impressão de seus primeiros discos não serem suficiente autônomos frente às influências do rock sessentista. Pra mim, havia algo de caricato nas letras e vocais, embora o instrumental fosse sempre da melhor qualidade.
Vou conferir a dica.
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