O mercado indie é surpreendente ao revelar e idolatrar figuras estranhas e que fazem um trabalho sem, digamos, talento. Me refiro ao cd The Gulak Orkestar do cantor Beirut. Sendo breve: Beirut é na verdade o cantor Zach Condon de 19 anos, nascido nos EUA, que neste ano ele lançou, com a ajuda de dois amigos nas gravações, o cd Gulak Orkestar, misturando sons da Europa oriental( basicamente de raízes ciganas), Oriente Médio e folk. O que poderia ser algo muito legal soa chato e monótono ao tornar-se uma grande mistura sem consistência. Particularmente senti un tédio tremendo ao escutar o cd( escutei duas vezes) e nenhuma música chamou minha atenção. Talvez seja preconceito com o tipo de som ou ignorância da minha parte, mas a verdade é uma só: não gostei. Se for para indicar algo na linha de música da Europa Oriental e do Oriente Médio indico o box Music of Islam, que faz um belo apanhado da cultura desta parte do planeta. Em tempo: Gulak Orkestar figurou em algumas listas de melhores do ano, tendo sido considerado o primeiro dos 100 cds de 2006, indicados pela loja londrina Rough Trade. Faltou só o Sebastião Estiva nesta lista.
4 comentários:
hi baby!
thank ´s for the post
mimi
Gracias por la visita, buen blog
Phonocromatico
Olá!
Me espantei um pouco com a opinião que vc colocou neste post. Discordo totalmente de você. Primeiramente, porque o Beirut não é só o seu vocalista e compositor. Eles são uma verdadeira orquestra. A profusão intensa de instrumentos, ritmos, melodias, a qualidade lírica das letras, os arranjos e a criatividade da banda, ao meu ver, impede de qualificá-los como músicos sem talento.
Músicos sem talentos não fariam, como o fizeram após o GULAK, o FLYING CLUB CUP. Uma das coisas mais lindas que eu já ouvi e que encantou a todos a quem mostrei o som deles. Duas pessoas disseram que sentiram uma "estranha sensação de felicidade extrema" com o FCC.
A tendência atual na Europa, onde o jovem Zach Condon conheceu vários de seus parceiros e se inspirou para o FCC é de revisitar ritmos do leste europeu e cercanias. O Beirut é um retrato - bem elaborado, bem composto, criativo e muitíssimo talentoso - dessa tendência, e trouxe um novo fôlego para os amantes da música, cansados de músicos que, antes de serem músicos, são "descolados", deliberadamente "estranhos" para poderem "se encaixar", e amigos de fulano-beltrano-ciclano - para poderem se encaixar.
Abraços,
Lígia.
Concordo contigo, Ligia.
Postar um comentário