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O passado não deve ser totalmente abandonado
Além da busca de uma língua brasileira e da manifestação de um nacionalismo mais crítico e reflexivo, a Semana de Arte Moderna abriu as portas para uma pesquisa estética atrelada a uma consciência criadora nacional. As fragmentações nas pinturas e poemas, acompanhadas de ironias, textos sintéticos, paródias e bastante deboche – como eram as típicas características do modernismo europeu – estavam associadas aos assuntos simples, extraídos do cotidiano, longe dos grandes temas universais que tanto sacralizaram a arte. Tudo isso seria bastante utilizado nas obras modernistas pós-Semana, especialmente pelas figuras mais ousadas, como Oswald de Andrade no livro de poemas intitulado Pau-Brasil:
Canto de regresso à Pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos aqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo (MENESES, 2001, pp.118-119)
Texto da obra de Kleber - ( até o momento ainda não sei o sobrenome e o título da obra)
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